Tiger Lily
Autor(a):Jodi Lynn Anderson
Editora: Morro Branco
Ano: 2018
Nº de páginas: 320
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Tiger Lily, nunca foi uma simples garota. Criada pelo xamã, Tic Tac, ela cresceu sendo temida pela tribo, Comedores de Céu, por ser diferente e trazer consigo lendas de que era amaldiçoada. .
Na Terra do Nunca, os habitantes não envelhecem, mas existem inimigos que podem trazer o mal para a tribo. Quando, Tiger Lily, conhece Peter Pan, seu medo e curiosidade a fazem viver uma história cheia de aventuras e emoções.
Para Peter, Tiger Lily, é desafiadora e diferente de tudo o que ele conheceu. Mas as adversidades e novas descobertas, irão colocar a prova o coração do menino perdido e da garota das penas de corvo.
“Talvez toda a estranheza dela, sua maldição, sua sensação eterna de ser uma intrusa, só tinham existido para ela poder pertencer a este lugar, com Peter.”
Começo dizendo, que o livro me encantou de muitas maneiras. A escrita da autora é leve e fluída, de maneira que podemos acompanhar a narrativa sobre a perspectiva de Sininho, de modo puro. Nossa fada, é encantadora e tem uma visão linda do mundo ao seu redor.
Muitos detalhes me chamaram atenção na história, como a amizade e amor entre nossos protagonistas, é ingênuo e mágico. O nome dos integrantes da tribo é um charme a parte, temos, Tia Pés Grudentos, Seiva de Pinheiro, Olho de Lua, entre outros nomes divertidos e curiosos.
O Peter Pan de nosso livro é charmoso e arrogante, mas em muitos momentos mostra suas vulnerabilidades, o que nos faz continuar amando-o. .
Tiger Lily, é o retrato da mulher aventureira, selvagem e que não tem medo de mostrar sua força. Apesar de ser temida pelo seu povo devido algumas superstições, ela mostra que também tem seu lado vulnerável, que pode se apaixonar pelo nosso menino perdido.
Confesso que não gostei da Wendy. Uma garota mimada, que não acrescentou em nada a nossa história, mas como o foco era nossa protagonista, Tiger Lily, não dei muita importância a ela.
Vemos a diferença entre nossas mocinhas, porque enquanto uma desafia Peter, a outra apoia suas decisões mais arrogantes, por simples capricho.
“Às vezes, amar significa não aguentar ver o ser amado como ele é, quando não é o que você esperava dele.”
A autora retrata brevemente a violência contra a mulher, como a ambição de um povo pode destruir a cultura do outro, e como uma pessoa que é diferente sofre preconceito.
Finalizo dizendo que foi um livro delicioso, e estou ansiosa para ver sua adaptação pela Netflix.