Um caminho para liberdade
Autor(a): Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Ano: 2019
Nº de páginas: 368
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Alice é uma moça britânica que fugia dos padrões de comportamento de sua época e por isso era constantemente julgada por todos, até mesmo por sua família. Quando ela se casa com um americano e se muda para os Estados Unidos, vê aí uma chance de ser finalmente livre. O problema é que o casamento não foi o que ela esperava e sua situação continuou basicamente a mesma, só que agora em outro país.
Quando a pequena cidade onde vive, no Kentucky, lança um programa de Biblioteca à Cavalo, onde bibliotecárias mulheres levavam livros a áreas rurais e afastadas, Alice não perde tempo e se inscreve como voluntária. Nesse programa, ela conhece Margery, Izzy, Beth e Sophia e começa a experimentar, pela primeira vez, a verdadeira sensação de liberdade.
O grande problema é que a tradicional cidadezinha não tem a mente aberta o suficiente para as mudanças provocadas pela biblioteca e essas jovens moças terão que enfrentar muitas adversidades para continuarem tentando fazer o que é certo.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
“Não há nada mais perigoso que uma mulher armada de conhecimento”
Indignação, raiva, choque, solidariedade, esperança, alegria e sororidade foram só alguns dos sentimentos que eu tive com essa leitura. O livro, apesar de se passar em 1937, trazia várias situações e pensamentos parecidos com os que passamos hoje em dia.
A pequena cidade do Kentucky é cheia de pessoas com pensamento ultraconservador que não aceitam que os outros sejam diferentes deles e que se utilizam da palavra de Deus para impor suas vontades. Assim, ainda que as mulheres da biblioteca estivessem fazendo o bem, que é exatamente o que Deus prega, eram constantemente julgadas em nome da “moral e dos bons costumes” e atacadas porque “lugar de mulher é dentro de casa esperando o marido chegar”.
Os conservadores também se incomodavam com o fato das bibliotecárias levarem conhecimento e informação para os mais humildes, estimulando eles a pensarem a forma como as coisas aconteciam. Afinal, se as pessoas começam a pensar, a manipulação e controle de quem está no poder se torna muito mais difícil.
Com muitas coisas indo contra elas, o comportamento dessas bibliotecárias era admirável, já que elas precisavam ser fortes e resilientes o tempo todo para seguirem fazendo o que era certo.
Esse livro foge completamente dos padrões da autora Jojo Moyes. Mais conhecida por seus livros de romance romântico como uma pegada mais dramática (como o livro “Como eu era antes de você”), Moyes traz aqui um romance histórico com uma pegada feminista para ninguém botar defeito e mostra que tanto suas ideias quanto sua escrita estão cada vez melhores.
Terminei o livro cheia de angústia, com o pensamento que a sociedade é podre e deturpada, mas também com esperança, já que, apesar de tudo, ainda existe um monte de gente boa por aí que está sempre lutando por nós, como as bibliotecárias. Mas não se enganem, amigos, não será fácil. Mas juntos somos mais fortes 💪🏻.
O mais interessante é que a ideia desse livro é baseada em algo que realmente aconteceu. O projeto das Biblioteca à Cavalo existiu nos EUA entre 1937 e 1943 levando livros e conhecimentos para os mais pobres do interior do país.
As imagens abaixo ilustram bem como eram e como funcionava esse estilo peculiar de biblioteca. E você, já havia ouvido falar desse projeto?
Amei o post! Esse livro é maravilhoso demais e acho incrível saber que essas mulheres realmente existiram
É muito bom conhecer uma história assim, baseada em fatos reais, de pessoas que mudaram a vida de outras!
Eu amei conhecer mais sobre este livro! O contato que tive com Jojo foi maravilhoso, e alguns elementos deste livro estiveram presentes em “A Última carta de amor”! Gostei muito!
bom saber que ela utilizou alguns dos elementos em outros livros também! depois do seu post eu fiquei com vontade de ler esse das cartas!
Nossa, eu adorei saber que essa história é real, me deu ainda mais vontade de ler o livro.
eu quero tanto que você leia esse livro, amiga!