Sinopse:

Quando a pequena Maggie May presencia uma cena terrível à margem de um rio, sua vida muda por completo. A menina alegre que vive saltitando de um lado para o outro e tem uma paixonite por Brooks Griffin, o melhor amigo de seu irmão, sofre um trauma tão grande que acaba perdendo a voz. Sem saber como lidar com o problema, sua família se vê em uma posição difícil e tenta procurar ajuda, mas nenhum tratamento vai adiante. Ao longo dos anos, Maggie aprende sozinha a conviver com os ataques de pânico e, sem conseguir sair de casa, encontra refúgio nos livros. A única pessoa capaz de compreendê-la é Brooks, que permanece sempre ao seu lado. A cumplicidade na infância se transforma em amizade na adolescência, até que um dia eles não conseguem mais negar o amor que sentem um pelo outro. Mas será que o forte sentimento que os une poderá resistir aos fantasmas do passado e a um acontecimento inesperado, que os forçará a navegar por caminhos diferentes?

Resenha:

 
O Silêncio das Águas, terceiro volume da série elementos da Brittainy C. Chery, é um livro… sufocante. E acredite que, quando sigo isso, falo de uma forma positiva, pois significa que consegui me colocar no lugar da protagonista e sentir tudo o que ela sentiu. O que, preciso dizer, não foi nada fácil.
 

“Às vezes, as palavras eram mais vazias que o silêncio.”

A premissa conta a história da pequena Maggie May e seu pai, que acabam de se mudar para a casa onde a nova esposa dele e seus dois filhos moram. A nova família está feliz e Maggie é uma criança feliz, alegre e apaixonada por Brooks, o melhor amigo de seu novo irmão. Em um dia em que ela combina de encontrar Brooks na floresta perto de casa, ela acaba se perdendo e presenciando um crime terrível. Com isso, a menina passa por um trauma psicológico intenso que a faz deixar de falar.
 
“Eu não sabia que era possível ouvir tão claramente a voz de alguém em silêncio.”
Então, além dos ataques de pânico que Maggie começa a ter, ela precisa lidar com os inúmeros conflitos familiares causados em sua família após o incidente. Seu único porto seguro no caos em que vive é Brooks, que promete ser seu melhor amigo, seu porto seguro e sua âncora em meio aos monstros que a assombram.
 

“Ela precisava que alguém entrasse nas lembranças dela e apagasse as águas escuras nas quais ela nadava todos os dias.”

A relação dos dois é linda, sincera e apaixonante, e não é nenhuma surpresa quando, anos depois, percebem que os sentimentos que nutrem um pelo outro já é muito além da linha da amizade. Porém, os dois conseguirão lidar com os fantasmas do passado? Maggie conseguirá passar por cima de seus medos e seguir em frente? Brooks conseguirá realizar seus sonhos de se tornar um músico famoso? Em meio ao silêncio, eles saberão se comunicar?
 
 
“Todo mundo tem cicatrizes. Algumas só são mais fáceis de serem escondidas.”
Preciso dizer que O Silêncio das Águas foi um soco no meu estômago. A cada página eu me sentia mais e mais angustiada, pois queria que Maggie avançasse, superasse seu trauma e vivesse sua vida, mas isso demora a acontecer e só de pensar em tudo o que ela perdeu e passou com o passar dos anos me deixou em um estado depressivo. Não que isso seja ruim. Na verdade, considero isso um ponto muito positivo, pois foi um livro que realmente mexeu com as minhas emoções. Diferente do primeiro e do segundo volume da série Elementos, em O Silêncio das Águas eu chorei muito no final. Chorei de alegria e emoção. E, pra mim, esses são os melhores tipos de choro que existem.
 

Por isso, venho aqui pedir para que vocês parem tudo o que estiverem fazendo e deem uma chance para a série e, em especial, para este livro.